O astigmatismo é um dos erros refrativos mais comuns, ou seja, “um défice visual” que necessita de compensação oftálmica, para obter o melhor rendimento visual possível.
O astigmatismo surge pelo facto dos meridianos, dos principais componentes refrativos (córnea e cristalino), do globo ocular terem diferentes curvaturas. De uma forma simples, podemos dizer que a superfície do nosso olho não é 100% redonda mas sim mais ovalizada, distorcendo, desta forma, a luz que entra pelos nossos olhos, provocando uma imagem distorcida, ou seja, o sistema ótico não forma um ponto focal na retina, mas sim vários.
Quais são as principais causas?
- Hereditariedade;
- Erros de refração preexistentes, tais como miopia ou hipermetropia;
- Esforço visual em atividades exigentes;
- Alergias oculares (paciente coça os olhos, frequentemente);
- Cirurgia ocular (catarata, estrabismo, pterígio…);
- Doenças Oculares (infeções);
- Traumatismo.
O paciente pode apenas ter astigmatismo, designando-se assim por astigmatismo “puro”, mas também pode e está muitas vezes associado a outros erros de refração, como a miopia ou a hipermetropia, designando-se, nesses casos de astigmatismo composto.
Quais são os principais sinais e sintomas?
Os efeitos produzidos pelo astigmatismo variam consoante o tipo e a severidade do mesmo e muitas vezes, a pessoa possui astigmatismo durante algum tempo sem saber, podendo não ter sintomas ou até ter, mas pode não identificar de imediato, e apenas ser detetado em consulta pelos exames realizados, num exame visual de rotina.
- Dor de cabeça, ao fim do dia, mais frequente na zona frontal da cabeça;
- Cansaço Ocular;
- Semicerrar os olhos e franzir o sobrolho;
- Sensação que a visão é de pior qualidade, ao fim do dia ou a conduzir à noite;
- Visão turva, distorcida, sensação que vê mas “está torto”;
- Dificuldade na perceção dos detalhes, tanto ao perto como ao longe;
- Hiperemia (a parte branca do nosso olho fica vermelha);
- Ardimento, picadas nos olhos;
- Fotofobia (sensibilidade à luz);
- Necessidade frequente de apertar os olhos para conseguir ver melhor;
- Dor na musculatura ao redor dos olhos;
- Dor na zona occipital da cabeça (nuca).
Soluções?
Lentes Oftálmicas: O uso de óculos é a solução mais simples e comum, pela aplicação de lentes designadas por cilíndricas/tóricas ou astigmáticas associando sempre a graduação ao eixo correspondente.
Lentes de contato: Utiliza-se as lentes de contato descartáveis para a compensação de astigmatismos regulares baixos e médios, por norma a partir de -0,75 dioptrias. Por vezes existem pacientes que referem alguma instabilidade, na qualidade da visão, comparativamente à utilização de óculos. Isso de facto pode acontecer, inicialmente, pois quando a pessoa pestaneja a lente de contacto desliza ligeiramente, na superfície do nosso olho, através da lágrima, criando uma sensação instável de focagem, nesse momento.
No caso de astigmatismos elevados e/ou irregulares a compensação obtém-se por lentes de contato “especiais”, que irão “atuar como um penso”, de forma a uniformizar a superfície do olho, oferecendo, desta forma, melhores resultados de visão, na maioria dos casos, comparativamente, aos óculos.
Cirurgia refrativa: Quando realizada, esta intervenção, permite moldar a superfície da córnea, de forma a eliminar o astigmatismo existente.
Se tiver alguns dos sintomas descritos, neste artigo, agende uma consulta de optometria, para a realização de uma avaliação.
Por vezes associamos cansaço e dores de cabeça ao stress, do trabalho e são os nossos olhos que se estão a queixar. Melhor visão, melhor qualidade de vida.
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Soraia Sousa
Optometrista
Óptica Médica Rogério